Mercado de tradução: é preciso de formação na área?

Em debates sobre a atuação no mercado de tradução, há basicamente duas correntes de pensamento:

  1. A primeira defende que para se tornar um tradutor de sucesso é preciso ter uma graduação em tradução ou no campo da linguística.
  2. A segunda acredita que basta saber um segundo idioma (essa é a linha de pensamento que defendo).

Na minha opinião, o primeiro grupo – que dissemina a ideia de que possuir uma graduação ou formação na área de tradução é condição necessária para ser tradutor – é formado por profissionais que tentam formar uma reserva de mercado para seu próprio grupo. Ou seja, ao dizer que apenas pessoas do seu meio são qualificadas para tal tarefa, passam uma mensagem clara: quem está fora do nosso grupo, está fora do jogo. É um pensamento bastante corporativista e contrário a uma lógica de mercado mais liberal e de livre concorrência. Onde não há barreiras à entrada, os que melhor se adaptam às condições de jogo, através da própria competência, são escolhidos e têm êxito. Obviamente que a formação na área facilita e agrega conhecimentos muito úteis, mas ela não é condição necessária.

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Por que acredito que saber um segundo idioma (mesmo sem formação na área) basta para entrar no mercado de tradução?

Um mero diploma – e estou falando de grande partes das área de atuação, não apenas na área de tradução – não se traduz (sem trocadilho) necessariamente em um profissional de qualidade. Não me levem a mal, não sou contra o ensino universitário, apenas afirmo que ele não é condição definitiva para a qualidade de um profissional. O curso (seja ele de 2 anos ou 4 anos) mostrará as ferramentas para o profissional – fazer bom uso delas dependerá do indivíduo. É nessa a tecla que bato: indivíduos, com ou sem diploma, são (ou não) qualificados. Tratar pessoas como coletivos é mera técnica de autodefesa de grupos corporativos.

Por exemplo, por que uma pessoa que estudou inglês sozinho desde a adolescência, está por dentro da cultura do outro país e aprendeu a utilizar as ferramentas de tradução através da prática seria um profissional menos qualificado do que alguém que fez um curso de letras em inglês (mas nunca realmente se dedicou para agregar conhecimentos adicionais por conta própria)? Eu, por exemplo, nunca tive treinamento técnico na área de tradução, mas todas as empresas com que trabalhei sempre ficaram muito satisfeitas com os trabalhos realizados. O profissional que é competente e qualificado não precisa temer a concorrência pois sempre irá se sobressair (seja ele um tradutor formado ou um “aventureiro” habilitado).

Afirmo tranquilamente que saber um segundo idioma é a única condição necessária para ser tradutor. Mas isso basta para ter sucesso? Não, obviamente. Para se sobressair no mercado, o profissional precisará mostrar que é confiável e possui as qualidades necessárias para desenvolver uma carreira vitoriosa. E como ele conseguirá isso? Através da realização de trabalhos de qualidade e da satisfação dos clientes. Mas quais são as qualidades necessárias para isso? Isso é assunto para o próximo post do blog.

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